Todo mundo respeita a Obsidian Entertainment. Responsáveis por Star Wars: Knights of the Old Republic II, Neverwinter Nights 2 e o próximo jogo da série Fallout, o New Vegas. Só que Alpha Protocol, produzido por eles e distribuído pela Sega, é a mancha negra no tão bem comentado currículo da Obsidian.
Gráficos medíocres, sistema de jogo que tenta, ao mesmo tempo, trabalhar com conceitos evolutivos do RPG e com a ação frenética da visão em terceira pessoa, e seus personagens chatos com sotaques falsos retirados de algum filme B norte-americano.
ZzzzZzzZzzz
A trama de Alpha Protocol mistura uma agência super secreta do governo, que "recruta" seus soldados das formas mais ilícitas possível. Sua missão: combater força ainda mais secretas e que ameçam a paz mundial. É um James Bond com Metal Gear, com quase supersoldados, alguns espiões duplos e a sagrada Mãe Russia.
Assim como num RPG tradicional, você precisa escolher sua classe antes de começar a história. Do soldado raso à classe stealth, são quatro as opções. Cada uma com seus atributos iniciais favorecidos. Maior força, pontaria, resistência ou camuflagem, entre outros fatores decisivos (ou não) para a execução da sua missão. Com o passar das fases, você vai ganhando experiência e evoluindo isoladamente cada um desses atributos, focando-se a uma certa habilidade, como a pontaria, por exemplo, crucial para 'head shots' certeiros e mortais.
Essa coisa da pontaria é um dos novos elementos que se contrariam em relação ao gênero que Alpha Protocol pertence, se é que ele pertence a algum. Em alguns momentos você acha que ele é um jogo em terceira pessoa com elementos de RPG, mas acredite, é o contrário. Alpha Protocol é um RPG, e como tal, anula qualquer habilidade com o gênero da terceira pessoa que você possa vir a possuir. Nada de headshots enquanto estiver com pouca experência, mesmo que o cursor da sua mira esteja exatamente sobre o alvo. O jogo não funciona desse jeito, e sua mente pode demorar um pouco para entender isso. A minha demorou.
Não existem portas fechadas
Um mecanismo interessante em Alpha Protocol são os minigames que você é obrigado a realizar para destravar computadores encriptados, desligar alarmes e abrir fechaduras.
Todos os desafios são medidos por um tempo (bastante curto) e caso falhe, é necessário começar do zero. Aí existem os desafios de cortar os fios certos, na ordem certa, descobrir as duas chaves numéricas que decriptam os dados do computador - e precisam ser acionadas juntas - e até manusear com cuidados as "molas" da fechadura para destrancar certas portas.
Antes de se arriscar nesses minigames, é preciso eliminar toda a resistência do cenário, caso contrário você sofrerá as consequências de tentar roubar segredos inimigos sem se precaver.
Conversa de bar
Talvez o recurso mais interessante de Alpha Protocol seja seu formato de escolhas para os diálogos possíveis entre personagens. Nada de ficar horas pensando na melhor resposta para determinado assunto - de certo, crucial para a salvação da nação -, pelo contrário. Com uma barra logo acima das escolhas, você tem pouco mais de cinco segundos para mudar completamente a história do jogo.
Cada resposta lhe concede pontos, que são somados (ou subtraídos) da sua reputação, e podem aumentar os status da construção do seu personagem. Você precisa seguir uma linha real de raciocínio, tentando não se comprometer com respostas contraditórias, do tipo feliz e receptivo num momento, e no outro, totalmente carrancudo ou sarcástico.
De acordo com o o roteiro escolhido para a formação do caráter do seu personagem, você terá acesso a diferentes informações, facilidade com interrogatórios ou mesmo possíveis conquistas amorosas. É, tem isso também no jogo.
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